A vida tem mudado. Quem sou eu? Semana passada me fiz essa pergunta, cheia de medos que queriam me fazer negar o caminho. Agora, com as devidas camadas de sabotagem deixadas de lado, me pergunto outra vez: quem é essa nova eu e para onde ela está indo?
Estou me adaptando a uma nova rotina, nutrindo novas escolhas, reencontrando semanalmente as situações que, por trazerem consigo o desconhecido, inicialmente foram tão estressantes. Sinto falta de praticar yoga. Não quero esquecer que é sobre o yoga que todas as outras atividades da minha vida devem repousar. É para ele que devo sempre retornar e, por ele, me encorajo a seguir.
Mas, neste momento, tenho vivido o yoga de um jeito diferente. Não consigo praticar com frequência; quando tenho tempo, estou cansada da natação, do pilates, da correria. No entanto, eu medito, eu respiro, eu estou sendo honesta comigo mesma. Tudo isso, para mim, é yoga. Então, aceito que estou vivendo um período de um yoga inclusive mais sincero, em que não preciso me organizar tanto para experienciar yoga, porque minha vida já se manifesta dentro de seus princípios.
Ainda assim, sinto falta de viver o ásana, de sentir que meu corpo está aprendendo a estar em novas situações através do ásana. Acontece que meu corpo está aprendendo a estar em novos lugares através da natação, do pilates, de todas as novas relações que estou criando e cuidando para que sejam frutíferas e positivas.
O que percebo da minha prática de ásanas, no momento, é que estou fortalecendo a base, alongando as raizes, construindo alicerce, estrutura, para, daqui a um tempo, quando todo o resto estiver com suas bases consolidadas, eu possa alçar novos voos.
A vida é tão sábia, e eu confio que estou escolhendo e organizando tudo da melhor forma possível. Sei também que faço muito, estou em muitos lugares em um só dia. Fluo.
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